Fobias

Em 1970, Marks classificou os quadros fóbicos em agorafobia, fobia social e fobias específicas. Contudo, essa classificação apresenta problemas com a falta de limite claro entre os quadros fóbicos e outros transtornos ansiosos, especialmente, transtorno do pânico e transtorno obsessivo compulsivo. Envolve também quadros fóbicos e outros transtornos psiquiátricos, especialmente, transtorno do humor.

Além disso, há grande variação de gravidade, medos transitórios infantis de pequenos animais, até pacientes, cuja insegurança e esquiva fóbica tornou impossível sair de casa, ou mesmo da própria cama. Casos mais leves podem ser fronteiriços com medos razoáveis e adaptativos inerentes ao ser humano, principalmente, quando nos defrontamos com estímulos novos ou, potencialmente, perigosos. A divisão entre o normal patológico não é nítida, sendo o desempenho de funções a critério para essa separação.

Agorafobia. De acordo com os estudos estatísticos atuais, este é o transtorno ansioso mais, frequentemente, visto em serviços de atendimento primário em clínicas especializadas. Sua relação com o transtorno do pânico aguarda esclarecimento definitivo.

Embora a origem etimológica da agorafobia seja medo de lugares abertos, Westphal utilizou-a para descrever a impossibilidade de andar em ruas e praças ou fazê-lo somente com sofrimento extremo. O termo, portanto, envolve um conjunto de situações que tem em comum o fato de serem públicas. Durante muitos anos, poucas pesquisas foram dedicadas a essa área, por estar colocada em categoria nosográfica de significado confuso, como neurose e. por sua refratariedade, as técnicas de tratamentos baseadas em terapia de base psicodinâmica.

Muitos pacientes podem ficar presos às suas casas ou evitar lugares públicos em consequência de outras patologias psiquiátricas. Nos quadros de depressão, por exemplo, um dos sentimentos mais frequentes e a sensação de medo e insegurança, que levam o paciente a evitar lugares públicos, sair de casa sozinho, ou mesmo ficar só nesses casos, os demais sintomas da depressão ajudam a discriminar as duas patologias. Psicoses, delírio paranoides, ideia de autorreferência e alucinações auditivas também podem fazer o paciente se isolar ou não sair de casa.

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